BANCOS E BAÚS
O segredo da criatividade está justamente em associar beleza e funcionalidade. Na decoração não faltam bons exemplos dessa união. O local que agora merece atenção, quem diria, são os pés das camas. A eles se rendem pufes, bancos, baús, móveis de funções variadas. A idéia é deixar o quarto com mais estilo e aproveitar um espaço até então esquecido.
Aos pés da cama, o banco é de madeira laqueada, da Breton.
Há quem prefira usá-los para guardar pijamas, roupas de cama que já não cabem no armário ou mesmo aquelas usadas no dia-a-dia. No quarto das crianças, o complemento é ótimo para guardar os brinquedos. A vantagem é que se estiverem vazios, ainda assim, continuarão charmosos.
CURIOSIDADE
E o precursor desta onda foi o nosso mui amado Imperador D. Pedro I. Precursor por que foi dele o caso mais rumoroso daquela época e que, se tivesse acontecido hoje, daria páginas e páginas de jornais, revistas, tablóides e de quebra alguns bons minutos do horário nobre de uma grande emissora de TV.

Entretanto, o caso mais rumoroso e caro foi, sem dúvidas o de Dna. Clemência Saisset. Em 1828, a rua mais importante do Rio de Janeiro era a do Ouvidor, local onde existiam as casas comerciais mais refinadas da cidade, em geral de propriedade de franceses. Sua atenção estava voltada para a casa n°. 98, defronte à Rua Nova do Ouvidor (atual Travessa do Ouvidor) um fino estabelecimento de modas e papéis pintados de Bernardo Wallenstein & Companhia.
D. Pedro I percebeu que a jovem lhe correspondia e concebeu engenhoso plano para conquistá-la. Contratou Pierre Félix para colocar papéis de parede em todo o Paço de São Cristóvão. Enquanto o marido colocava os papéis nos salões imperiais, D. Pedro colocava-lhe chifres !
Um belo dia Pierre Félix retornou mais cedo para casa e veio a encontrar D. Pedro I totalmente pelado em sua cama! A esposa o convenceu que nosso imperador havia sofrido uma queda de um cavalo defronte à casa, e Dna. Clemência, fazendo jus ao nome, o recolhera e despira (tudo no maior respeito, é claro...) para aplicar uma "massagem de socorro"
O marido, que era corno mas não era burro, fingiu acreditar pois logo percebeu o quanto poderia lucrar com a situação. D. Pedro inclusive o autorizou posteriormente a colocar uma placa na fachada da casa, indicando o negócio de papéis pintados ser “Fornecedor da Casa Imperial”, motivo de muita gozação entre os vizinhos.
Em novembro, Dna. Clemência engravidou de D. Pedro e, para o escândalo não aumentar, no dia 30 de dezembro de 1828 o casal Saisset partia para a Europa, não sem antes ter todo seu negócio indenizado peso de ouro a pelo Imperador, recebendo Dna. Clemência, dentre muitos presentes e dádivas, um saque de setenta e cinco mil francos e um título de pensão vitalícia. De quebra, D. Pedro ainda prometeu pagar a educação do pimpolho com mesada régia, às custas dos contribuintes.
Instaura-se ai o primeiro "golpe do baú", documentado , dado não por uma mulher, que é o que se pensava, mas sim pelo seu marido.
Precursor da mala de viagem o baus hoje muito utilizado na decoração.
Malas na decoração
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ADOREI SEU RECADO!!!!
AGRADEÇO DE♥CORAÇÃO!
BJOS