BANCOS E BAÚS
O segredo da criatividade está justamente em associar beleza e funcionalidade. Na decoração não faltam bons exemplos dessa união. O local que agora merece atenção, quem diria, são os pés das camas. A eles se rendem pufes, bancos, baús, móveis de funções variadas. A idéia é deixar o quarto com mais estilo e aproveitar um espaço até então esquecido.
Aos pés da cama, o banco é de madeira laqueada, da Breton.
Acompanhando as camas estão os bancos, que facilitam tarefas rotineiras — mas que exigem um local de apoio — de colocar o sapato, calçar a meia, arrumar a barra da calça… O local é um convite para bater um papo com uma amiga sem precisar se sentar na cama. Aos pés delas também foram colocados móveis que funcionam como prateleiras ou viram armários e ajudam na organização.
Há quem prefira usá-los para guardar pijamas, roupas de cama que já não cabem no armário ou mesmo aquelas usadas no dia-a-dia. No quarto das crianças, o complemento é ótimo para guardar os brinquedos. A vantagem é que se estiverem vazios, ainda assim, continuarão charmosos.
CURIOSIDADE
E o precursor desta onda foi o nosso mui amado Imperador D. Pedro I. Precursor por que foi dele o caso mais rumoroso daquela época e que, se tivesse acontecido hoje, daria páginas e páginas de jornais, revistas, tablóides e de quebra alguns bons minutos do horário nobre de uma grande emissora de TV.
Tudo aconteceu em 1828. Como era de conhecimento público, nosso primeiro monarca tinha um grande problema em manter o digamos seus "documentos" dentro das calças. Ele foi um grande conquistador de corações e exímio fazedor de filhos, bastando dizer que, em quinze anos de vida sexual ativa, D. Pedro I foi pai de 28 filhos, dez em seus dois matrimônios e dezoito fora dele. Até a quituteira negra do Palácio de São Cristóvão teve a honra de uma gravidez real, como também uma freira, na Ilha Terceira !
Entretanto, o caso mais rumoroso e caro foi, sem dúvidas o de Dna. Clemência Saisset. Em 1828, a rua mais importante do Rio de Janeiro era a do Ouvidor, local onde existiam as casas comerciais mais refinadas da cidade, em geral de propriedade de franceses. Sua atenção estava voltada para a casa n°. 98, defronte à Rua Nova do Ouvidor (atual Travessa do Ouvidor) um fino estabelecimento de modas e papéis pintados de Bernardo Wallenstein & Companhia.
D. Pedro I percebeu que a jovem lhe correspondia e concebeu engenhoso plano para conquistá-la. Contratou Pierre Félix para colocar papéis de parede em todo o Paço de São Cristóvão. Enquanto o marido colocava os papéis nos salões imperiais, D. Pedro colocava-lhe chifres !
Um belo dia Pierre Félix retornou mais cedo para casa e veio a encontrar D. Pedro I totalmente pelado em sua cama! A esposa o convenceu que nosso imperador havia sofrido uma queda de um cavalo defronte à casa, e Dna. Clemência, fazendo jus ao nome, o recolhera e despira (tudo no maior respeito, é claro...) para aplicar uma "massagem de socorro"
O marido, que era corno mas não era burro, fingiu acreditar pois logo percebeu o quanto poderia lucrar com a situação. D. Pedro inclusive o autorizou posteriormente a colocar uma placa na fachada da casa, indicando o negócio de papéis pintados ser “Fornecedor da Casa Imperial”, motivo de muita gozação entre os vizinhos.
Em novembro, Dna. Clemência engravidou de D. Pedro e, para o escândalo não aumentar, no dia 30 de dezembro de 1828 o casal Saisset partia para a Europa, não sem antes ter todo seu negócio indenizado peso de ouro a pelo Imperador, recebendo Dna. Clemência, dentre muitos presentes e dádivas, um saque de setenta e cinco mil francos e um título de pensão vitalícia. De quebra, D. Pedro ainda prometeu pagar a educação do pimpolho com mesada régia, às custas dos contribuintes.
Instaura-se ai o primeiro "golpe do baú", documentado , dado não por uma mulher, que é o que se pensava, mas sim pelo seu marido.
Precursor da mala de viagem o baus hoje muito utilizado na decoração.
Malas na decoração
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ADOREI SEU RECADO!!!!
AGRADEÇO DE♥CORAÇÃO!
BJOS