110 ANOS DE HISTÓRIA
DESIGNER DOS ANOS 20 AOS DIAS DE HOJE
ANOS 20 - A Influência dos estrangeiros
A semana entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922 marcou a mais radical ruptura na história da nossa cultura. Liderado por Mario e Oswald de Andrade e intelectuais e artistas decretaram o fim da influencia colonial lusitana e buscaram uma alma nacional para as artes.
Mario e Oswald de Andrade
Curiosamente, esses jovens filhos de burgueses paulistano trouxeram da Europa as ideias do modernismo "O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura.com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso".
Os adeptos deveram dar um grito de independência cultural da metrópole industrial contra o atraso do resto do país. Dois jovem europeus desembarcaram no Brasil marcando assim o cenário cultural da época. São eles Gregorio de Warchavchik e Lasar Segall.
Gregorio de Warchavchik - Na arquitetura
Arquiteto russo-brasileiro nascido em Odessa, hoje na Ucrânia, considerado o primeiro arquiteto modernista da América Latina. Diplomado pela Universidade de Odessa (1918), No Brasil publicou o primeiro artigo da arquitetura modernista do país, onde descrevia a casa como um bem de consumo qualquer. Construiu a Rua Santa Cruz, Vila Mariana em São Paulo, a primeira residência modernista do Brasil. e da América Latina (1927), que surge como uma revolução no panorama arquitetônico paulistano. Indicação de Le Corbusier e foi convidado por Lúcio Costa para lecionar na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro (1931). Brasil foi o país que escolheu para morar (1923) e faleceu em São Paulo (1972).
A casa projetada com um pavilhão de arte moderna foram exibidas telas de Tarcila do Amaral e Anita Mafalti e outros expoentes da Semana de 22. A maioria dos moveis que decoravam o interior era assinado pelo próprio arquiteto.
O evento, intitulado Exposição de uma casa Modernista recebeu mais de 20 mil visitantes.
Detalhes da casa
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Fotos de Warchavchik expostas na rua Itápolis
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MOBILIÁRIO
Lasar Segall ( 1891-1957)
Mobiliário
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Em 1932, Lasar Segall desenhou uma série de móveis para sua residência da Rua Afonso Celso: poltronas, uma mesa de centro, uma mesa e um sofá, construído em duas versões: em uma única peça e em três módulos, que podem ser dispostos à maneira de uma conversadeira.
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Nesse cenário que perdurou até as década de 30 e 40 o conceito inovador das casas de Warchavchik causou furor a ate indignação. Fato parecido aconteceu com o interiores decorados pelo suíço Jonh Graz (1895-1980) um introdutor o estilo da art déco entre nós.
O suíço John Graz chegou ao Brasil em 1920 vindos da escola de Belas Artes de Genebra em companhia de seu amigo Sérgio Milliet e da namorada, Regina Gomide a quem veio se casar. Apaixonado pelo Brasil nunca mais voltou à Europa a não ser a passeio com sua esposa. Veio na intenção de pintar os trópicos que os amigos brasileiros descreviam. Ambos se interessam pelas tendências cubistas e orientais, na arte e decoração, que acabariam por eclodir em 1925 com o estilo Art Déco.
Em São Paulo, mergulhou no clima festivo e revolucionário dos modernistas e acabou participando da Semana de Arte Moderna de 1922, quando expôs sete telas no saguão do Teatro Municipal de São Paulo.
Em virtude dos trabalhos como decorador, Graz afastou-se da pintura - retornando somente em 1969. Tentou algumas experiências com a abstração geométrica, mas rapidamente retomou a figuração. Entretanto, não se pode esquecer sua importância no Modernismo Brasileiro, em especial por ter sido o responsável por levá-lo para dentro das casas, nos objetos de uso cotidiano. Sua formação em arte, design e arquitetura levou-o a decorar as casas modernistas projetadas por Gregori Warchavchik, onde introduziu móveis de estilo art déco. É apelidado 'Graz, o futurista'. Introduziu inovações na arquitetura de interiores, como a iluminação indireta de ambientes, o uso de materiais diferenciados - metal, cobre, tubos, chapas de aço e superfície cromadas - além de realizar afrescos, em geral com motivos históricos.
Detalhista e rigoroso gostava de desenhar todo o interior da residência: do rodapé à luminária, de mesas e cadeiras ao tapete - o que nem sempre era bem aceito pelos clientes.
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Muito legal o seu blog e os post muito interessantes parabens !
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